Viver por cinco anos na Dinamarca foi uma das melhores experiências pelas quais a brasileira Caroline França diz ter passado. Aqui ela conta como é morar no segundo país mais feliz do mundo, de acordo com o World Happiness Report, relatório divulgado em março deste ano nas Nações Unidas. O ranking leva em conta seis fatores: expectativa de vida, apoio social, corrupção, renda, liberdade e confiança e expectativa de vida saudável. O primeiro lugar ficou com a Finlândia. O Brasil ocupa a 32ª posição, entre 156 países.
Por Caroline França
Morar por cinco anos na Dinamarca foi uma das melhores experiências que vivi. Logo que cheguei, percebi algumas diferenças em relação à cultura, mas, nesse aspecto, não tive dificuldades de me adaptar. Afinal, quem tem dificuldade de se adaptar em um país que está entre os que têm as pessoas mais felizes do mundo?
No início, eu não entendia como poderiam ser tão felizes morando em um país em que a maior parte do ano é frio e sem sol. Inclusive, logo que cheguei, precisei passar a tomar vitamina D, pois, sem sol, o meu organismo estava ficando com deficiência dessa vitamina.

Com o tempo, descobri o motivo pelo qual os dinamarqueses são tão felizes…
A falta de sol não é problema, pois eles têm uma regra básica: não existe tempo bom ou tempo ruim, o que existe é roupa apropriada. Estar nevando não é motivo para as crianças não brincarem na rua, simples assim.
Acredito que outro motivo de ver tantas pessoas satisfeitas é o fato de o sistema político funcionar perfeitamente. É verdade que os impostos são altíssimos, em compensação, esse valor retorna todo para a comunidade.
Universidade gratuita
Não há necessidade de plano de saúde. Você pode sair em qualquer hora do dia ou da noite a pé, sem medo de ser assaltado. As escolas públicas são de alta qualidade e todos os dinamarqueses ganham uma bolsa de estudo enquanto estão na faculdade, além de a mensalidade ser gratuita.
Os que moram em cidades no sul da Dinamarca, que era o meu caso, ainda podem aproveitar os finais de semana para passear no país vizinho, a Alemanha.
Idioma é difícil
O que eu tive mais dificuldade foi com a língua dinamarquesa. Entrei no curso, mas fiz somente o básico. Na época, preferi melhorar o meu inglês, já que trabalhava em uma universidade onde o idioma predominante era a língua inglesa.
Além disso, a maior parte dos dinamarqueses fala inglês, pois eles são alfabetizados nas duas línguas, então, não tive problemas de comunicação. Mas, sinceramente, eu acho que aprender a língua é essencial para a integração na comunidade e, de certo modo, me arrependo de não ter seguido fazendo o curso.
Bicicletas para todos
Para finalizar, eu não poderia deixar de falar sobre as bicicletas.
É impressionante a quantidade de bicicletas que circulam pelas ruas. Mesmo depois de cinco anos morando lá, eu ainda ficava admirando os pais levando seus filhos de bicicleta para a escola. Os menores iam em um carrinho puxado pela bicicleta, e os maiores iam pedalando a sua própria bici. A partir de 5 ou 6 anos, as crianças já começam a ir sozinhas de bicicleta para a escola, isso é qualidade de vida.
* Caroline França é gaúcha, natural de Santa Cruz do Sul. Profissional de marketing, depois de morar na Dinamarca, mudou-se com a família para a Califórnia, nos Estados Unidos.
De acordo com relatório divulgado nas Nações Unidas, em março de 2019, Dinamarca é segundo país em ranking da felicidade (Foto: Fabíola Brites)
Ranking leva em conta fatores como expectativa de vida saudável (Foto: Fabíola Brites)
Apoio social também é um dos fatores que fazem a Dinamarca estar entre os países mais felizes do mundo (Foto: Fabíola Brites)
Segurança chama a atenção no país. Na imagem, a cidade de Sonderborg ao sul da Dinamarca (Foto: Fabíola Brites)
Apesar de ser um país seguro, aviso orienta a população (Foto: Fabíola Brites)
Falta de sol pode provocar falta de vitamina D em algumas pessoas (Foto: Fabíola Brites)
Mas moradores dizem que neve não é desculpa para ficar em casa (Foto: Fabíola Brites)
Para dinamarqueses, não existe tempo bom ou tempo ruim, o que existe é a roupa certa (Foto: André Cauduro)
População não precisa se preocupar com plano de saúde, pois o sistema público funciona e atende a todos (Foto: Fabíola Brites)
Quem mora na Dinamarca sabe que tem de aproveitar os dias de sol, pois são raros (Foto: Caroline França)
Chimarrão foi companhia constante para gaúcha no país nórdico (Foto: Caroline França)
Comemoração festiva na região sul do país (Foto: Caroline França)
População paga elevada taxa de impostos, mas tem a certeza de receber serviços públicos eficientes (Foto: Caroline França)
É impressionante a quantidade de bicicletas que circulam pelas ruas (Foto: Caroline França)
Outono na Dinamarca (Foto: Caroline França)
Arquitetura atrai a atenção de visitantes no sul da Dinamarca (Foto: Caroline França)
Dinamarca é o segundo país mais feliz do mundo (Foto: Fabíola Brites)
Sul da Dinamarca (Foto: Fabíola Brites)
Paisagem no sul da Dinamarca (Foto: Caroline França)
Paisagem na região sul da Dinamarca (Foto: Caroline França)
Região sul da Dinamarca (Foto: Arquivo pessoal)
Copenhague, capital da Dinamarca, segundo país mais feliz do mundo (Foto: Caroline França)
Copenhague, na Dinamarca (Foto: Caroline França)
Sonderborg, sul da Dinamarca (Foto: Fabíola Brites)
Sonderborg, sul da Dinamarca (Foto: Fabíola Brites)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Estátua da Pequena Sereia, de um dos contos de Hans Christian Andersen, em Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Copenhague (Foto: Caroline França)
Muito bom o artigo!